Aos 15 anos e durante uma aula de português escrevia no meu caderno em letra artística, “ Mother`s Milk ”. Não tinha no pensamento uma qualquer imagem de maternidade, mas o quarto disco de uma nova banda rock que chegava dos states, os Red Hot Chilli Peppers. Não me deslumbrei com o disco, mas acolhi-o com bastante simpatia. Na altura as minhas next big thinks (que raramente eram assim tão big) eram quase todas insulares, do Reino Unido. Dos States ecoavam nas minhas orelhas os Sleeping Dogs Wake, os Ministry ou uns novatos Nine Inch Nails. “ Unlimited love ” é o último capítulo dos RHCP e o efeito em mim continua a ser o mesmo, gostar sem me deslumbrar. Boas guitarras e um baixo distinto de quase tudo o que se pode ouvir no universo rock com este instrumento. Quase só por isso (mas também por algo mais) já valia a pena. Comecei pelo fim por iniciar a minha conversa escrita com o quarto registo dos Red Hot Chili Peppers? Nem por isso. O meu começo pelo fim refere-se ...
Um percurso em defesa da racionalidade e do humanismo