Nunca morri de amores pela música dos canadianos Arcade Fire. E nunca deixei de os ouvir. Quer dizer, comecei tarde, pois não liguei grande coisa a Funeral, o disco de estreia. Depois, porque alguém meu conhecido lá foi insistindo comecei a ouvir e, devagarinho comecei a gostar. Mas isto jamais aconteceu nos discos seguintes da banda. Afinal, deixou de ser uma música exigente para lhe captar os pormenores e os contornos. Ou seja, os AF são para mim uma banda assim-assim o que é suficiente para os ouvir. Já comecei lentamente a espreitar o novo disco. E já percebi que há material suficiente para que os AF continuem para mim com o estatuto de assim-assim. Mas também é verdade que estou sempre a ver quando me desiludem e tal ainda não aconteceu. Por isso “we” é o melhor disco assim-assim que ouvi deste ano até agora.
Um percurso em defesa da racionalidade e do humanismo