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A mostrar mensagens de outubro, 2020

Velvet Underground, beginning to see the light

Cresci com boa gente a falar-me dos Doors ou dos Led Zepplin. Tive essa sorte. Com efeito sofri os meus desvios, pois nem uns nem outros me fizeram morrer de amor. Obviamente fui descobrindo coisas antigas que me preenchiam mais o prazer de ouvir música. E, dessa época, antes até, os Velvet Underground são a minha grande referência. Para além da aliança com o artista plástico, Andy Warhol, na famosa Factory, os Velvet ainda hoje soam com muita frescura, como se tivessem gravado ontem. Pela primeira vez introduziam elementos como a distorção das guitarras nas canções, assim como traços pop com a incontornável beleza da voz de Nico, uma modelo que sabia cantar, e acabou a vida numa queda num passeio de bicicleta. Mas esta frescura, jamais repetida mas muito marcante para gerações de músicos e amantes de música, não aconteceu por acaso. Havia ali mais ingredientes, como a formação clássica de John Cale (que a solo nos deu uma carreira brilhante que ainda dura) ou a formação rock de Lou Re

Crenças e motivos

Um dos problemas mais complexos que podemos enfrentar ao nível filosófico e científico é o do processo de formação de crenças. Não de crenças no sentido comum de crença religiosa (embora também envolva estas, mas não estritamente), mas no sentido epistémico (enquanto disposição mental que envolve um sentido proposicional –   Ver aqui para mais especificações ). Vamos então criar uma experiência de pensamento (uma técnica da filosofia para testar teorias). Vamos imaginar que temos um supercomputador que é capaz de avaliar com rigor se não mentimos acerca das nossas crenças. Assim, se alguém mentisse afirmando que é Benfiquista quando acredita que o Sporting é o seu clube do coração, essa máquina daria um alerta de anomalia nas crenças. Isto é, a máquina avaliaria a convicção com que temos as nossas crenças. Vamos também supor que queremos testar se determinadas motivações alteram as nossas crenças. Dirigimo-nos então a um grupo de pessoas e propomos o seguinte desafio: Vamos oferecer-lh