O mundo está a desabar. Mas a festa continua. Senhores e senhoras, meninos e meninas, bem vindos ao circo!
Este bem que podia ser o mote artístico para o regresso com mais uma peça de análise social a partir dos sons e da enciclopédia mesmo ali à mão de Kubik, o projeto sonoro e artístico de Victor Afonso, com sede na cidade da Guarda. Neste novo disco, tal como em todos os registos anteriores, há um lastro enorme de imagens sacadas ao cinema. Em sentido figurativo, claro. Mas a arte da samplagem parece ir mais às feiras do cinema do que dos livros ou dos discos, ainda que estas também não fiquem de fora da visita deste novíssimo Circus Mundi Decadens . E antes que me esqueça: a capa do disco reflete copiosamente o seu conteúdo, ou pelo menos o título do disco. Há um palhaço que continua a festejar dentro de uma banheira mesmo ao lado do precipício onde dá azo à sua arte. O disco é todo ele assim. Bem, todo? Ok, há aqui elementos que são registos claramente biográficos, mais percetíveis para quem, como eu, conhece desde sempre o percurso do Victor. Esses elementos são audíveis na enorme qu