Uma das coisas mais estúpidas que conheci nas escolas e universidades é a divisão de departamentos. Nas escolas é comum a divisão entre ciências exatas e ciências humanas. Ora isto sugere que há ciências que são humanas e outras não são humanas (devem ser ciência feita pelos peixes para os peixes) e as que são humanas não são exatas, são, diria, inexactas. Ora se o senso comum pouco compreende do mecanismo das ciências o mesmo não seria de esperar dos lugares onde ela mais se divulga, as escolas. E este erro (e outros) permanece alegremente sem qualquer tentativa de correção.
Este ano ouvi muitos e bons discos. Mas a minha lista é talvez aquela que nos últimos anos mais discos com grande expressão comercial inclui. Talvez isto se entenda se ao mesmo tempo eu fizer o exercício de sempre, o de tentar explicar os critérios subjacentes às escolhas dos melhores discos do ano. Há um critério que mantenho firme. Mesmo não sendo os melhores discos, alguns dos que aqui incluo acabaram por ser aqueles que mais ouvi. Provavelmente se eu comprasse a Wire mensalmente os filtros seriam outros e se tivesse mais tempo dedicado também faria outras escolhas. Contudo os discos que escolhi procurei que fossem mesmo bons. Mas há aqui outro fator que acabou por influenciar. Ouvi alguns discos em vinil, isto porque 2023 foi o ano que completei meio século e a minha família ofereceu-me um gira-discos, aparelho que já não tinha nem usava há muitos anos. E alguns dos discos foram mesmo aqueles que encontrei quando fui à única loja que vende discos de vinil (que eu conheça) na cidade
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